sábado, 7 de maio de 2011

Another Big Day @ Quinta de Napoles - Baga Friends




Foi no passado dia 30 de Abril, logo pela manhã que chegamos à Quinta de Nápoles para mais um evento fantástico organizado pela Niepoort.

Desta vez o evento tinha como nome Baga Friends, acabando por juntar aos produtores bairradinos também alguns produtores estrangeiros representados na Niepoort Projectos, bem como os Douro Boys.


Referindo os produtores que lá estavam, dos Baga Friends estavam representados Filipa Pato, Luis Pato, Quinta das Bageiras, Kompassus, Quinta da Vacariça, Sidónio de Sousa e ainda os Vinhos do Bussaco.

Do Douro, havia para além da Niepoort, Quinta do Vallado, Quinta do Vale Meão, Quinta do Crasto e Vale D. Maria.

De estrangeiros representando os Projectos, estavam alguns dos grandes nomes da Borgonha como Rousseau, Roulot, Pillot, os Champagnes Legras, os grandes brancos de Fritz Haag e Schloss Gobelsburg e o carismáticos espanhóis Telmo Rodriguez e Raul Perez.






À chegada, seguimos logo para a sala de recepção, um belo edifício onde se distribuíram os dísticos com o nome dos convidados e um copo de prova a cada.

Por baixo desse edifício, acede-se a uma mini "cave" climatizada muito interessante, feita pela Cave do Vinho.



Depois da recepção e já munidos de copo, fomos então para as provas, que tiveram lugar na adega, onde estavam montados os stands dos produtores, junto a pipas e pipas de vinho.





Dos vinhos provados alguns destaques:



Nos Baga Friends:

- Sidonio de Sousa Garrafeira 2005: um grande garrafeira, com uma elegância enorme a provar que um bom baga não tem de ser bruto quando jovem

- Vinha Barrosa 2001: um vinho que está cada vez melhor com o passar dos anos

- Vinha Formal 2005: grande branco, ainda com mais uns bons anos pela frente

- Bussaco: primeira prova destes vinhos, comprovaram o estatuto que têm, com Os brancos a mostrarem-se belíssimos.



Estes vinhos do Bussaco apenas se podem provar nos hoteis Alexandre de Almeida, e são realmente muito bons.

Os brancos (provados o 2001, 2003 e 2007) têm uma elegância fora do comum.

O 2001 impressionou-me especialmente, com um aroma fantástico de pessego, mel frutos secos, tudo muito complexo, tendo igualmente uma prova de boca excelente, com uma acidez a balancear bem o mel, frutos secos e notas de madeira.

Nos tintos (provados o 2001 L, 2001 VV, 2004 e 2006) mais uma vez o 2001 foi o meu favorito, neste caso o vv.



Nos Douros:

- Vale Dona MAria 2009 e CV 2009: dois vinhos de 2009 em amostra de casco a indicarem que este ano será realmente fantástico

- Niepoort Robustus 2007: afirma-se como o meu favorito do mundo Niepoort

- Crasto Touriga Nacional2009

- Vallado Touriga Nacional 2009



Nos Estrangeiros:

- Schloss Gobelsburg Riesling Heiligenstein 2004: grande vinho, com aromas a mel, fumados, e uma acidez incrível

- Clape Cornas 2007 na banca dos Projectos

- Armand Rousseau: vinhos Pinot Noir da Borgonha de grande nível, todos eles, com o Chambertin Grand Cru de tirar o fôlego. Grande, grande vinho, talvez o melhor de todo o dia.

- Domaine Roulot: Mersault "Les Tillets" e Mersault "Meix Chavaux" - brancos fabulosos, com grande mineralidade

- Champagne Legras: Presidence 2002 e Evanescence 2002

- Raul Perez: Ultreia 2008 e El Pecado, grandes vinhos, opulentos, cheios de garra e enorme frescura



Depois de todas estas provas, passamos para a parte superior à adega para o almoço, também ele de grande nível.

Logo no topo das escadas surgiram umas ostras, que fizeram boa companhia o Tiara 2009.

Na zona do almoço, várias mesas com vinhos Niepoort e não só que acompanharam bem a comida preparada pelo Chef Rui Paula do DOC.



Começou-se por uma açorda de robalo que estava optima, tendo-se seguido uma coxa de pato confitada sobre espargos e puré, com molhos de trufas. A coxa de pato estava simplesmente divinal, com a carne no ponto optimo, um optimo puré e o toque das trufas e ajudar ao brilho do conjunto.

Nos vinhos bebidos nesta fase destaque para um Redoma 1996 em Magnum e para o Quinta do Vallado Reserva 2004. Ambos fantásticos.



Para a sobremesa, seguimos para o ar livre, onde para além de uma mesa com uma série de doces (incluindo uns macarrons viciantes), a sobremesa era

um cilindro de maçã crocante com canela e gelado.

Nos vinhos para a sobremesa, destque para um Moscatel 1977 da Nieport, directo de uma demijon. Excelente.







Foi um grande evento, com a marca de simpatia e qualidade Niepoort.

Organização impecável, produtores simpáticos e prestáveis, grandes vinhos, comida e catering de grande nível, tudo aliado a um ambiente geral excelente.

Em resumo, um dia magnífico, com provas de grande nível.



Um grande obrigado à Niepoort por organizar eventos destes e principalmente por nos receber tão bem.



Carlos Amaro

2 comentários:

J Pires/C Soares disse...

Caro Carlos, deve ter sido efectivamente um dia "enormíssimo". Pensamos que foi bebido Dores Simões 90, é possível obter as suas impressões?
Continuação de boas provas

Carlos Amaro disse...

Na realidade não provei o Dores Simões 90, mas sim o 94 e 95. Gostei bastante dos vinhos,mais do 95, que tinha maior complexidade, com ainda alguma fruta e aromas de terra molhada, balsâmico. Na boca é a acidez que chama mais a atenção, mas com um corpo que consegue equilibrar tudo muito bem. Não é um vinho fácil, pela acidez elevada, mas gostei do conjunto.