terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Melhores 2013

Depois de alguns dias de análise aos vinhos bebidos este ano, segue abaixo a lista dos vinhos que mais me agradaram em 2013.
Além disso, incluo também uma lista com os vinhos que considero terem melhor relação qualidade preço, numa gama até aos 7€.

Tintos
João Portugal Ramos Estremus 2011
Quinta do Pôpa Vinhas Velhas 2008
Quinta do Noval Touriga Nacional 2009
Quinta dos Carvalhais Único 2005
Casa da Passarella o Enólogo 2009
Aneto Grande Reserva 2008
Poeira 2009
Dory Reserva 2010
Quinta do Vesúvio 2009
Quinta da Fonte do Ouro Touriga Nacional 2009

Brancos
Anselmo Mendes Parcela Única 2011
Soalheiro Primeiras Vinhas 2012
Quinta das Bageiras Pai Abel Chumbado 2011
Villa Oliveira Encruzado 2011
Qta Chocapalha Reserva 2011
Conceito 2011
Nossa 2011
Redoma 2011
Esporão Reserva 2012
Vinha Formal 2011

Portos
Burmester Colheita 1937
Quinta do Vesúvio Vintage 1994
Niepoort Vintage 2011
Warres Vintage 2011
Niepoort LBV 1984
Andresen Colheita 1980
Graham's Colheita 1982
Andresen White 20 anos

Melhores RQP Tintos
Tons de Duorum 2011
Qta da Fata Clássico 2008
Quinta da Bica Colheita 2010
Quinta da Ponte Pedrinha Touriga Nacional 2007
Rapariga da Quinta Colheita Selecionada 2011
Ribeiro Santo Reserva 2010

Melhores RQP Brancos
Qta Seara D'Ordens Reserva branco 2012
Casa da Passarella A Descoberta Branco 2012
Quinta da Ponte Pedrinha Branco 2011
Castelo D'Alba Reserva 2012
Adega Mãe Viosinho 2012
Pynga Selection 2010

Carlos Amaro

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Novos Vinhos João Portugal Ramos

No passado dia 6/12, os 3 nos copos juntaram-se em prova/jantar para conhecer e provar os novos vinhos do produtor João Portugal Ramos, João Portugal Ramos Estremus 2011 e Duorum o.Leucura Cota 200 e Duorum o.Leucura Cota 400, sendo estes vinhos a nova aposta do produtor para o melhor que produz no Alentejo e Douro.
Começando pelos vinhos do Douro, o nome O. Leucura é o nome abreviado do pássaro Oenanthe Leucura, comummente denominado de “chasco-preto”, que tem como habitat o vale do Douro e que existe nas vinhas de Castelo Melhor.
São vinhos de produção muito limitada, de pouco mais de 200 garrafas cada, saídos da Quinta de Castelo Melhor, tendo sido experimentado algo de novo e original: dois vinhos da mesma vinha, mas de diferentes altitudes, o que torna a prova muito interessante, para poder perceber como dois vinhos saídos da mesma vinha, mas de cotas diferentes de altitude, podem ter características diferentes.

Ambos os vinhos são feitos de Vinhas Velhas com predominância de Touriga Nacional e Touriga Franca, e após fermentação em inox, tiveram estágio em barricas de 225 e 300 litros de carvalho francês (70% de barricas de carvalho novo e 30% de carvalho de segundo e terceiro ano) durante um período de cerca de 24 meses, de acordo com cada lote e casta.

Notas de prova de cada vinho
Duorum O.Leucura Cota 200 2008
Cor vermelha escura. Nariz intenso de frutos pretos maduros, toques algum floral e notas de tosta da barrica. Na boca é extremamente elegante, mas com grande estrutura, com a fruta madura equilibrada por acidez e notas minerais, com muito boa persistência de boca.
Deve ser aberto com alguma antecedência para mostrar todo o seu potencial.

Duorum O.Leucura Cota 400 2008
Cor vermelho profundo e escuro. Aroma mais fino e elegante, com frutos pretos e notas de violeta. É mais especiado que o Cota 200, com um toque de esteva, resinoso e um lado mais vegetal.
Na boca é fresco, elegante, boa estrutura, notando-se a fruta mais fresca e impressões minerais. Final muito longo, e acidez mais vincada que o irmão. Um vinho com corpo semelhante, mas onde se nota uma maior frescura e acidez.

Em resumo, são dois grandes vinhos com características semelhantes mas onde a diferença da altitude é notória, com o cota 200 a ser mais maduro e compotado, de grande concentração, e o Cota 400 com um perfil mais fresco, vegetal e aromático.


No caso do Estremus, é também um vinho de edição muito limitada, tendo saído de uma parcela selecionada de apenas 1,5 hectares de uma vinha plantada em 2001 às portas de Estremoz., com solo calcário com pedra mármore à superfície.
Constituído pelas castas Trincadeira e Alicante Bouschet, numa proporção de 50% cada, o objetivo é ser o porta-estandarte dos vinhos alentejanos de JP Ramos, devendo ser produzido apenas em anos extremamente favoráveis.

Notas de prova
João Portugal Ramos Estremus 2011
Antes de mais devo dizer que achei o vinho fantástico, não tenho grandes dúvidas em dizer que foi o vinho alentejano que mais me impressionou no último ano.

Um vinho que tem tudo no sítio, nariz intenso, profundo, com fruta preta (amora, framboesa), notas de barrica, iodado, especiarias, algum fumado, tudo muito sedutor. Na boca tem excelente volume e frescura, com uma acidez muito bem equilibrada com a fruta, belíssima estrutura, muito mineral, e ainda com a complexidade extra dos tostados da barrica e especiarias.
Fiquei muitíssimo impressionado por este vinho, para mim entra direto para o top dos grandes vinhos portugueses.

Carlos Amaro

Nota: Vinhos gentilmente cedidos pelo produtor