sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Tintos para este inverno na WoC de Aveiro

Mais uma prova oferecida pela Wine o'Clock de Aveiro, onde mais uma vez fui sozinho por não arranjar quem me acompanhe à sexta-feira ao fim do dia, mas já começo a conhecer alguns dos habitués locais.
Desta vez o tema era "Tintos para este inverno", e foram apresentados oito vinhos bastante diferentes tanto no gosto como no preço, mas que tinham em comum serem vinhos com estrutura e encorpados, que se podem beber já com pratos mais pesados, mas tambem aguentam uns bons anos em cave.
Segue a lista, sem pontuações, mas com os preços:


  • 4,95 € - Fronteira seleccção do enólogo 2003 (Douro)

  • 5,95 € - Quartetto 2006 (novo alentejano da Dão Sul)

  • 6,95 € - L'Excellence de Bonassia 2006 (Marrocos)

  • 19,75 € - Qta. do Além Tanha Vinhas Velhas 2004 (Douro)

  • 18,00 € - Nepenthe Pinnacle Zinfandel 2004 (Australia)

  • 22,50 € - Cono Sur 20 Barrel Pinot Noir 2006 (Chile)

  • 32,00 € - Glen Carlou Gravel Quarry 2005 (Africa do Sul)

  • 44,50 € - Chryseia 2006 (Douro)

Os vinhos eram todos muito bons, e não os pontuo por serem muito diferentes. Alguns deles estavam em campeonatos completamente distintos. Seguem algumas notas pessoais.

O mais baratinho, do Douro, tem um preço muito apelativo, pois é vinho pelo qual daria dez euros sem pestanejar, apesar de uma muito ligeira aspereza no final de boca, os taninos são de boa qualidade e devem ficar no ponto com uns anitos de guarda.

O Quartetto, está muito bom, nota-se que é um vinho feito por um enólogo com tudo muito equilibrado. Falta-lhe alguma personalidade. vale bem o preço.

O marroquino, está um vinho muito elegante, mas que não aquece nem arrefece, ao nivel do anterior.

A partir daqui entrámos noutro patamar, quer de preços, quer de afinação dos vinhos em prova.
O Qta. do Além Tanha, achei-o muito fechado no nariz, mas é um vinho que promete.

Gostei muito deste Zinfandel australiano, por nunca ter provado vinhos feitos com esta uva, e porque sobressaia no meio dos restantes, com aromas quimicos e anizados, é um vinho fora do vulgar, tem 15 graus de acoolémia mas não se notam.

O chileno "Cono Sur", é um belissimo vinho, uma óptima expressão da casta Pinot Noir, potente e elegante ao mesmo tempo, nariz complexo, vai-se mostrando no copo sempre em crescendo.

Este cabernet Sul-Africano, tambem está muito bem conseguido, tudo equilibrado com muita harmonia, e um final longo e agradável.

Quanto ao Chryseia, mantem o alto nivel de qualidade de outras colheitas que tive oportunidade de provar, mas não é vinho que me entusiasme o suficiente para pagar o preço que pedem. Este 2006 é o ultimo feito pela parceria Prats & Symington, passando as próximas edições a ser da exclusiva responsabilidade do enólogo Charles Symington.


Melhor relação qualidade/preço: Fronteira seleccção do enólogo 2003.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Novidades portuguesas na wine o'clock

A loja Wine o'Clock de Aveiro retomou as suas provas às sextas-feiras ao fim da tarde, depois das férias.
Neste dia apresentaram algumas novidades nacionais: 3 brancos e 3 tintos de gama média, com preços a rondar os 10 euros.

A classificação que lhes atribui foi a seguinte:

  • 15,0 - Herd. da Comporta branco 2007 (terras do sado)
  • 14,0 - Odisseia branco (douro)
  • 14,0 - Qta. de Porrais branco (douro)
  • 14,5 - Meandro tinto 2006 (douro)
  • 14,0 - Odisseia tinto 2005 (douro)
  • 16,5 - R de Romaneira tinto 2004 (douro)

Os que me agradaram mais foram:
- o branco da Comporta, de Arinto e Antão Vaz, com nariz forte e complexo, e boa acidez.
- o tinto Romaneira, do enólogo António Agrellos conhecido pelos portos Noval, um vinho elegante, bem equilibrado, mas um pouco fechado nos aromas, para apreciar com calma deixando-o respirar bastante.

Os outros eram todos um pouco acima da média mas faltava-lhes algum polimento na acidez dos brancos e nos taninos dos tintos, sendo o Qta. de Porrais e o Meandro do enólogo Francisco Olazabal da quinta do Vale Meão, e os dois Odisseias do enólogo francês Jean-Hugues Gros que já há uns anos escolheu o Douro para fazer vinho.

Frederico Santos