quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Quinta da Lixa

Esta quinta situa-se na região do vinho verde, mais propriamente a norte de Amarante, a caminho de Guimarães.
É uma sociedade agrícola desde 1998, altura em que passou a gerir 10 hectares de vinha, e tem um longo passado ligado ao vinho, fruto da paixão pelo vinho verde da família Meireles que já era proprietária de vinhedos ao redor da vila da Lixa.

Os vinhos provados (cedidos pelo produtor, diga-se) foram surpreendentemente bons, face ao preço de venda ao público apresentado.

Terras do Minho - Rosé 2011
(100% Touriga Nacional)
Frederico Santos
- côr rosada escura (sumo de morango)
- nariz agradável, frutado qb, a lembrar morangos e framboesas
- boca muito fresca, final curto e especiado
Nota: 16

Carlos Amaro
Bonita cor rosada, brilhante. Nariz a frutos vermelhos, com morangos em destaque, algum floral, num conjunto fresco.
Boca fresca, novamente morango alguma acidez. Final curto.
Nota: 15

Quinta da Lixa Branco 2011
(Loureiro, Trajadura, Alvarinho)
Frederico Santos
- côr citrina
- nariz ligeiramente frutado, herbáceo, bastante aromático e agradável.
- boca fresca e equilibrada, final curto
Nota: 16

Carlos Amaro
Nariz frutado, com notas tropicais (maracujá), e carácter floral.
Muito fresco na boca, bela acidez, com notas de citrinos. Bastante elegante.
Nota: 15

Aromas das Castas 2011
(Alvarinho, Trajadura)
Frederico Santos
- côr citrina, com tons de dourado
- aroma frutado, pêssego, mineral
- boca muito elegante, com algum comprimento
- para beber novo
Nota: 16

Carlos Amaro
Mais elegante que o anterior, frutado, pêssego, bastante floral e mineral.
Boca muito elegante, com fruta tropical e pêssego, acidez viva e mineral.
Nota: 15,5

Alvarinho Pouco Comum 2011
(Alvarinho)
Frederico Santos
- côr citrina
- nariz complexo e equilibrado, herbáceo
- boca intensa e elegante, com final prolongado
Nota: 16,5

Carlos Amaro
Aroma intenso, a citrinos, algum tropical, notas florais, boa mineralidade.
Na boca tem boa estrutura, notas tropicais e cítricas, muito fresco e mineral. Final longo e complexo.
Muito bom vinho numa bela relação qualidade-preço
Nota: 16,5

Todos os vinhos apresentaram uma qualidade acima da média, proporcionando muito prazer a sua degustação. Não são aqueles verdes gaseificados e muito ácidos, são vinhos muito bem conseguidos e equilibrados, e o preço é convidativo, não ultrapassando os cinco euros por garrafa.

A Quinta da Lixa - Sociedade Agrícola é um produtor com todas as condições para o sucesso, apostando na qualidade e na escala, mantendo os preços acessíveis. Apresenta nestes vinhos um trabalho sério de enologia capaz de satisfazer apreciadores mais exigentes, valorizando esse produto nacional que é o vinho verde, que pela sua identidade muito própria tem potencial para vingar no mercado internacional.
"Lixa" talvez não seja um nome muito apelativo para um vinho, mas desengane-se quem subestimar estes vinhos pelo rótulo ou pelo preço.

Dócil 2011


Dócil 2011
Região: Vinhos Verdes
Castas: Loureiro
Álcool: 11º

Este vinho faz parte da gama dos projetos de Dirk Niepoort. Nesta caso trata-se de um vinho 100% Loureiro produzido na região dos Vinhos Verdes.
Até 2009 este vinho chamou-se Girosol, tendo mudado entretanto de nome para Dócil.
No aroma é delicado, com notas florais e cítricas, bastante mineral. Sem ser muito exuberante, aposta pela via da elegância.
Noa boca, faz juz ao nome dócil. Muito fresco, aromático, com boa presença da fruta, acidez viva.
Final de boca elegante, médio comprimento. Excelente vinho de verão, será muito boa companhia para marisco.
Nota positiva para os apenas 11º de alcool.

Nota: 16
Preço: 7.50€

Carlos Amaro

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Redoma Rosé 2011

Produtor: Niepoort (Vinhos) S.A
Castas: 30%Tinta Amarela, 20%Touriga Franca e 50% outras
Fermentação: Barricas novas de carvalho Francês
Alcool: 12º

Um rosé diferente da maioria, este é fermentado em barrica e proveniente de vinhas mais velhas (entre 30 a 60 anos).
Nota-se essa diferença, é um rosé menos direto, um pouco mais austero. Aroma intenso a fruta vermelha (morangos, groselha), notas de ervas e especiarias, e um mineral excelente. Complexidade acima do comum para este tipo de vinhos.
Muito bem na boca, encorpado, com boa estrutura, muita fruta e frescura, é um rosé intenso e com final prolongado e elegante.
É um rosé claramente mais virado para a mesa do que para simplesmente beber sozinho.
Gostei muito.

Nota: 16
Preço: 7,50

Carlos Amaro

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Loios tinto 2011


Nova edição do Loios tinto, vinho de entrada de gama do produtor João Portugal Ramos.
Já há algumas colheitas que não provava este vinho, pelo que estava curioso em saber como andava.
Aroma a frutos vermelhos bem maduros, notas vegetais e frescas.
Na boca, é fresco e bastante vegetal, com fruta integrada no conjunto. Taninos bem presentes, fica um travo final das notas vegetais e da acidez.
É um vinho bem diferente da maioria dos entrada de gama do Alentejo. Menos redondo, sem aquele estilo mais direto e fácil de gostar, tem um estilo mais verde e vegetal com taninos a aparecerem mais.
Pode não ser de gostos mais imediatos, mas por mim gostei do estilo, e já agora do preço.

Preço: 2.99
Nota: 15

Carlos Amaro

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Conde de Vimioso Rosé 2011


Agora que estamos no verão (embora às vezes não pareça), apetecem vinhos mais frescos, e este é um deles.
Feito de Touriga Nacional e Syrah, apresenta uma bonita cor rosada.
Está muito bem no nariz, com morangos e framboesas, típicos de rosés aqui combinados com notas florais, mas bem fresco, nada enjoativo como alguns rosés mais açucarados.
Bem também na boca, cheio de frutos vermelhos, e com acidez e frescura a tornarem o final agradável.
Rosé muito convidativo, num estilo mais seco, que é o que mais me agrada.
Além disso tem uma muito boa relação qualidade preço, o que faz dele uma excelente compra para o verão.

Nota:15

Carlos Amaro

Diálogo Branco 2011


Produtor: Niepoort (Vinhos) S.A.
Castas: Rabigato, Codega do Larinho, Gouveio, Dona Branca, Viosinho, Bical e outras
Fermentação: Cubas de aço inox e Barricas de carvalho francês
Estágio: Cubas de aço inox (75%) e Barricas de carvalho francês (25%)
Álcool: 13.4

Versão branca do Diálogo, depois de ter provado o tinto.
Apesar de não ser esta a colheita de estreia no branco, foi a primeira versão deste vinho que provei.
Bastante contido no aroma, tem carácter mineral, aromas a citrinos, algum floral e ainda alperce. A fruta é um pouco pesada, mas o mineral consegue compensar.
Na boca, ao inicio parace um pouco gordo em demasia, com açucar a mostrar-se no final. Tem as mesmas notas de alpece e citrinos que surgem no nariz.
Após algum tempo de abertura, o doce no final melhora, e aparece mais fresco e mineral.
Não gosto tanto como do irmão tinto, mas é um vinho interessante para o verão.
Nota: 14,5

Carlos Amaro

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Diálogo 2010




Produtor: Niepoort (Vinhos) S.A
Castas: Touriga Franca, Touriga Nacional, Tinta Roriz, Tinta Amarela e outras
Fermentação: Cubas inox
Estágio: 14 meses em barricas de carvalho Francês, tonéis e balseiros (25%) e em Inox (75%)
Álcool: 13.11


Nova edição do Diálogo, na colheita de 2010.
Este vinho, pelo seu rótulo peculiar, com uma tira de BD, obriga a que se leia antes de provar. Continua portanto um rótulo muito bem conseguido, a chamar a atenção.
Falando do vinho, aroma apelativo e direto, com predominancia de frutos vermelhos, algum floral, notas de pimenta e toque mineral.
Muito equilibrado e convidativo na boca, frutado, com muita frescura, é um vinho que se bebe com muito agrado. Final de bom comprimento.
Bela aposta da Niepoort para a sua gama de entrada.

Nota: 16
Carlos Amaro