domingo, 6 de novembro de 2011

Porto Vintage 2009, casas do grupo Fladgate

Viva,

No passado dia 21 de Outubro participei numa prova de Porto Vintage 2009 das casas do grupo Fladgate, gentilmente organizada pela garrafeira Latina Adega, em Aveiro, já agora uma garrafeira que vale a pena visitar tão aprumada é a sua selecção de vinho e tão equilibrada é a sua politica de preços, digamos assim :-)

Indo directo ao assunto, provei Taylor's, Fonseca, Croft e "extra concurso" provei também os vintages Romariz e Quinta do Crasto. Em prova estava também (acho eu, sem ter certeza...) o Taylor's Vargellas 2009 mas não o provei.

Foi uma prova contra relógio (menos de 30 minutos) dados compromissos familiares inadiáveis. Contudo foi tempo suficiente para fazer a vénia a Taylor's e Fonseca, com toda a certeza ao nível dos vintage 2007.

Atrevo-me a dizer que o Taylor's 2009 supera o 2007 com uma combinação de potência e elegância invulgar, notas muito bonitas de folha silvestre bem verde e casada com fruta vermelha e azul muito madura. Apresenta também uma frescura incrível, dá vontade de beber e beber e beber. Com a enorme estrutura e corpo apresentado, com toda a certeza envelhecerá bem e por décadas, assim espero...
Pontuação: 19/20;

O Fonseca apareceu muito em linha com a sua matriz aromática típica, cheirando este vinho em cega apostava as minhas hipotecas como acertava à primeira.Aqui dominam notas de cacau e fruta cristalizada, num nariz muito complexo. Na boca apresenta também enorme corpo e estrutura sendo no entanto menos seco do que o Taylor's e do meu ponto de vista um pouco menos impressionante.
Pontuação: 18/20;

Como cheguei atrasado e não segui a sequência lógica de prova, provei o Croft após os dois anteriores. E esse pode ter sido um problema, porque não fiquei nada impressionado. Parecia sempre pouco e acima de tudo é um vintage feito para deslumbre aromático enquanto novo, com fruta e folhas silvestres muito frescas e  muito evidentes, exuberantes diria. Contudo na prova de boca o vinho cai um pouco e por comparação com os monstros anteriores fica bastante aquém em complexidade. Não me parece um vintage para envelhecer décadas, se assim for ficarei muito surpreendido e acho que descobriram a pólvora, fazendo um vintage para dois tipos de mercado: o dos curiosos e dos pacientes :-)
Pontuação: 16,5/20;

Romariz e Crasto não tiveram uma prova atenta da minha parte, mas o meu primeiro prognóstico é o seguinte: não são vintages, mas são muito bons portos. É preciso ter alguma calma com isto de lançar vintages por dá cá esta palha. Acalme-se a soberba...

Boas provas,

Mário Rui da Costa

1 comentário:

Carlos Amaro disse...

Por acaso tenho uma opinião ligeiramente diferente do Croft. É verdade que me pareceu um Vintage mais pronto a beber desde já, mais "fácil", mas está muitíssimo bem feito, tem uma bela estrutura, muito bom corpo. Apesar de talvez perder um pouco em comparação com os outros dois, em vez de envelhecer por décadas, se calhar dará um grande prazer daqui a uns 15 anos.
Eu daria-lhe um 17-17,5