segunda-feira, 31 de maio de 2010

Luis Pato Vinha Barrosa 2001


Já há algum tempo que andava para abrir o último exemplar que tinha deste vinho, após uns 3 anos desde a garrafa anterior.
Este fim de semana, ao fazer arrumações à garrafeira, não resisti e foi mesmo desta que o voltei a beber.
É sempre um prazer beber um vinho já com alguma idade (apesar de com 9 anos não ser ainda propriamente velho). Os vinhos que envelhecem bem ganham uma complexidade impossível de igualar por vinhos novos.
Abrir o vinho com 2 horas de antecedência foi importante para o bom desempenho, para limpar alguns aromas a garrafa.
O vinho tinha ainda uma cor granada bem carregada.
Nariz com boa intensidade, complexo, com muita coisa por dizer, com aromas balsâmicos, madeira, algum fumado. Após maior evolução no copo, surge a fruta preta, cerejas, ameixas, alguns toques abaunilhados, num conjunto muitíssimo bom, de grande prazer.
Na boca mostra-se em grande forma, pujante, um grande vinho. Fruta lado a lado com tosta de barrica, com acidez correcta, os taninos secos já amaciados, boa frescura, com um final levemente fumado de grande categoria e equilíbrio.
Pareceu-me que ainda tinha uns bons anos de vida pela frente.
Em suma, brilhou a grande altura num almoço, acompanhando uns lombos de porco preto e ratatouille.

Carlos Amaro

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