... e a perda é grande para o panorama vitivinícola Português.
António Carvalho, no seu projecto vitivinícola Casal Figueira produziu vinhos muito bons e muito originais, por vezes completamente "fora da caixa". Realço acima de todos as suas colheitas tardias, companheiras assíduas de finais de tarde de verão, e o seu branco Tradition.
Não conheci a pessoa, mas enólogos como António Carvalho fazem muita falta à evolução do sector em Portugal, pela inovação, criatividade e visão integrada da produção vitivinícola.
Pessoalmente, sentirei muita falta dos seu vinhos únicos, e degustarei com outra emoção o stock que ainda tenho.
A minha Homenagem.
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
sábado, 12 de setembro de 2009
Novidades Niepoort 2009
Foi com grande alegria que me desloquei à Quinta de Nápoles, no coração do Douro, para uma apresentação das novidades da Niepoort. É sempre uma emoção ver aquela paisagem esculpida, que é das poucas coisas que me faz ter orgulho de ser português.
Começámos por provar umas amostras de casco de Robustus 2007 e 2008, e também de um Cabernet que ainda não tem nome mas está muito bom. Provámos ainda um porto que está a ser feito na quinta em pipas velhas trazidas de Gaia, e que promete muito.
A prova "oficial" já na parte de cima da adega, era constituida essencialmente por brancos de 2008 e tintos de 2007. Estas colheitas têm a particularidade de serem as primeiras a serem vinificadas inteiramente na adega nova, um projecto que demorou 9 anos a concretizar, e que para a equipa Niepoort foi uma grande conquista por não estarem dependentes de espaços de terceiros.
Os brancos apresentados foram:
- Tiara 2008
- Redoma 2008
- Redoma Reserva 2008
- Riesling Dócil 2008
- Navazos 2008
Os tintos:
- Diálogo 2007
- Vertente 2007
- Redoma 2007
- Batuta 2007
- Robustus 2005
- Charme 2007
- OmLet 2005
- 7º Doda (2007)
- cabernet sem rótulo.
e ainda uns franceses Hermitage, os quais já não cheguei a provar pois ainda tinha uma viagem de 150 km para fazer, e passei directo para o porto vintage 2007.
Estes brancos de 2008 estão muito bons, talvez até melhores que os de 2007 que foi um ano excelente para vinhos brancos. Destaco o Tiara pela sua frescura, o Redoma normal que me soube melhor que o reserva que é mais untuoso, o Riesling dócil continua delicioso (e guloso), o Navazos é um vinho muito fora do normal, é muito bom mas estranhei aqueles aromas quimicos e a falta de acidez na boca, não é para todos os gostos.
Quanto aos tintos, 2007 foi realmente um ano de excepção.
Surpreendeu o Vertente que está com uma relação q/p formidável, e destacaria talvez o Charme no meio de todos estes vinhos veneráveis, que está com uma elegância e uma complexidade tremendas. Eu que até normalmente prefiro o Batuta fiquei rendido a este Charme 2007 que já está um mimo de vinho.
Mas com certeza que alguns destes vinhos terão mais qualquer coisa a dizer daqui a uns anos.
De destacar tambem o vinho elaborado em parceria com Telmo Rodriguez, cujo nome temporário é Omlet (Telmo invertido), um vinho que foi desengaçado à mão, e que está tambem com uma elegância fora de série.
O 7º Doda também está excelente.
Os vinhos eram todos muito bons e começam a faltar adjectivos para lhes fazer justiça.
Passemos ao vintage 2007, que está um vinho cheio de garra, com grande potencial de envelhecimento, e onde o equilibrio é notório. Nariz muito complexo com aromas de especiarias, frutos silvestres, ervas, chocolate, na boca sentem-se alguns taninos, mas tudo muito bem equilibrado no seu conjunto, com um final muito persistente e feliz.
Tive ainda o privilégio de provar um garrafeira de 1977, um estilo de porto exclusivo da Niepoort, que não tenho palavras para descrever, a não ser felicidade em estado liquido.
Provar estes vinhos, naquele local, com estas pessoas que fazem parte da familia Niepoort, e sentir o seu merecido orgulho em apresentar estes vinhos de excelsa qualidade, que são fruto de muita dedicação, foi uma experiência emocionante.
Frederico Santos
Começámos por provar umas amostras de casco de Robustus 2007 e 2008, e também de um Cabernet que ainda não tem nome mas está muito bom. Provámos ainda um porto que está a ser feito na quinta em pipas velhas trazidas de Gaia, e que promete muito.
A prova "oficial" já na parte de cima da adega, era constituida essencialmente por brancos de 2008 e tintos de 2007. Estas colheitas têm a particularidade de serem as primeiras a serem vinificadas inteiramente na adega nova, um projecto que demorou 9 anos a concretizar, e que para a equipa Niepoort foi uma grande conquista por não estarem dependentes de espaços de terceiros.
Os brancos apresentados foram:
- Tiara 2008
- Redoma 2008
- Redoma Reserva 2008
- Riesling Dócil 2008
- Navazos 2008
Os tintos:
- Diálogo 2007
- Vertente 2007
- Redoma 2007
- Batuta 2007
- Robustus 2005
- Charme 2007
- OmLet 2005
- 7º Doda (2007)
- cabernet sem rótulo.
e ainda uns franceses Hermitage, os quais já não cheguei a provar pois ainda tinha uma viagem de 150 km para fazer, e passei directo para o porto vintage 2007.
Estes brancos de 2008 estão muito bons, talvez até melhores que os de 2007 que foi um ano excelente para vinhos brancos. Destaco o Tiara pela sua frescura, o Redoma normal que me soube melhor que o reserva que é mais untuoso, o Riesling dócil continua delicioso (e guloso), o Navazos é um vinho muito fora do normal, é muito bom mas estranhei aqueles aromas quimicos e a falta de acidez na boca, não é para todos os gostos.
Quanto aos tintos, 2007 foi realmente um ano de excepção.
Surpreendeu o Vertente que está com uma relação q/p formidável, e destacaria talvez o Charme no meio de todos estes vinhos veneráveis, que está com uma elegância e uma complexidade tremendas. Eu que até normalmente prefiro o Batuta fiquei rendido a este Charme 2007 que já está um mimo de vinho.
Mas com certeza que alguns destes vinhos terão mais qualquer coisa a dizer daqui a uns anos.
De destacar tambem o vinho elaborado em parceria com Telmo Rodriguez, cujo nome temporário é Omlet (Telmo invertido), um vinho que foi desengaçado à mão, e que está tambem com uma elegância fora de série.
O 7º Doda também está excelente.
Os vinhos eram todos muito bons e começam a faltar adjectivos para lhes fazer justiça.
Passemos ao vintage 2007, que está um vinho cheio de garra, com grande potencial de envelhecimento, e onde o equilibrio é notório. Nariz muito complexo com aromas de especiarias, frutos silvestres, ervas, chocolate, na boca sentem-se alguns taninos, mas tudo muito bem equilibrado no seu conjunto, com um final muito persistente e feliz.
Tive ainda o privilégio de provar um garrafeira de 1977, um estilo de porto exclusivo da Niepoort, que não tenho palavras para descrever, a não ser felicidade em estado liquido.
Provar estes vinhos, naquele local, com estas pessoas que fazem parte da familia Niepoort, e sentir o seu merecido orgulho em apresentar estes vinhos de excelsa qualidade, que são fruto de muita dedicação, foi uma experiência emocionante.
Frederico Santos
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