Penso que terá sido o primeiro vinho Viognier estreme português, e desde que a marca foi lançada no mercado que foi um vinho de que gostei particularmente.
O vinho tem evoluído de colheita para colheita, e a cada nova edição parece-me que caminha no sentido de ser um vinho mais delicado, elegante, com mais fruta.
Esta garrafa de 2006 era a ultima dessa colheita que tinha em casa.
Aroma com fruta melada, alperce, pêra e notas florais. Pastelaria doce, especiarias e com abaunilhados dados pelo estágio em madeira.
Na boca, perdeu já um pouco da acidez que o caracterizava quando mais novo. É um vinho gordo, envolvente, mas parece-me que perdeu alguma elegância e finura, estando talvez demasiado orientado para os sabores abaunilhados, e melados, ainda que mantenha alguma fruta (principalmente alperce), faltando no entanto uma maior acidez para um melhor equilíbrio.
Pode ter sido desta garrafa, mas parece-me que talvez tenha passado um pouco o ponto optimo do consumo, já que me lembro de garrafas anteriores desta colheita de 2006 como um excelente vinho, com boa acidez e mais delicado.
Nota: 15,5
Carlos Amaro
1 comentário:
Também bebi este 2006 há pouco tempo, e fiquei desiludido com a sua evolução. Tornou-se um vinho "chato" sem a acidez necessária para suportar o conjunto. No entanto é muitíssimo bom de se beber enquanto é novo.
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