Uma das compras que fiz na nossa prova memorável na Quinta das Bágeiras foi a deste Garrafeira Branco 2007. E em boa hora, digo-o após degustação este fim de semana, a acompanhar uma açorda de camarão.
É um branco cheio de personalidade (na linha dos vinhos do Mário Sérgio...) e com uma prova de boca verdadeiramente magnifica. É daqueles brancos que se mastigam sem serem pesados, um paradigma de elegância com corpo.
Em resumo fica a nota de prova:
- No nariz é um pouco estranho no inicio, não por ser mau mas por ser pouco convencional. Nada tem que ver com aqueles brancos da moda que são um festival de fruta tropical ou citrina (que eu também aprecio em determinadas circunstâncias). O aroma dominante eu classifico de compota de limão (!!!???!!!) e o termo de referência foi precisamente uma compota de limão que lá tenho em casa :-)
- Na boca é fabuloso: gordo, cheio de corpo, parece que se molda à nossa boca, nada enjoativo (por vezes os brancos com muito corpo são-no), com acidez perfeita. O final é longo e complexo, porventura o mais longo branco que já bebi (estou a arriscar a dizer isto), com notas de especiarias (que não sei classificar) a compor o ramalhete. Falta algum adjectivo?
Nota de rodapé: depois de provar este branco percebo muito melhor o que o Mário Sérgio dizia quando referiu que um determinado vinho que anda ai nos píncaros (e que eu aprecio muito diga-se) tem demasiado açúcar residual...uma questão de estilos...
Boas provas,
MRC
1 comentário:
Não sei se pode considerar uma especiaria, mas a mim soube-me a pouco!!
Degustei-o com um cherne assado no forno e posso afiançar que o casamento é perfeito!!
Enviar um comentário