Quero dar relevo a um tinto alentejano que provei no início deste ano, de um produtor que desconhecia (coisa fácil nos dias que correm), Monte da Raposinha, e de um enólogo também para mim desconhecido, Carlos Magalhães.
O vinho vem de Portalegre, no norte do Alentejo, uma zona tipicamente mais fresca e temperada do que o restante Alentejo, sendo este um aspecto que deixa marcas evidentes no perfil do vinho.
Não é de facto um Alentejo tinto típico, é um vinho com muito boa acidez, elegante, com bom equilíbrio (embora um dos "provadores" tenha teimado na madeira nova em excesso, coisa que não me pareceu de todo) e acima de tudo com um perfil aromático e prova de boca mais novo mundo do que Alentejo.
Como nota resumida de prova:
- Feito com as castas Touriga Nacional (não dei por ela, deve ser em quantidades pequenas), Syrah, Alicante Bouschet e Aragonês
- Frutos vermelhos casados com alguma menta e baunilha num aroma muito sedutor e expressivo, sendo este um dos pontos bem agradáveis neste vinho
- Na boca domina a fruta (excepto para o cromo obcecado com a madeira) e no final o cacau, neste aspecto um pouco colado de mais ao gosto universal :-)
Boas provas,
MRC
2 comentários:
Um excelente vinho deste novo produtor de Montargil, concelho de Ponte de Sôr, no Alto Alentejo.
Aconselho igualmente deste produtor, um tinto extraordinário "Furtiva Lagrima".
Bons copos.
Obrigado pelo comentário e sugestão, vou com certeza experimentar essa "Furtiva Lágrima" (nome interessante) e partilhar no blogue a minha experiência.
Melhores copos, :-)
Enviar um comentário