Fundada há mais de 300 anos (os primeiros indícios da sua actividade datam de 1678), a Croft é uma das mais antigas casas de vinho do porto, sendo as suas caves as mais antigas das que ainda se encontram em funcionamento.
Tendo sido adquirida recentemente pelo grupo Fladgate (Taylor's e Fonseca), situa-se em Gaia um pouco acima do cais, no local original da sua fundação. Chegámos lá por uma rua de pedra que nos fazia crer que ali o tempo tinha parado há uns séculos atrás.Aguardámos a nossa visita na esplanada com vista para o Douro, enquanto nos serviram um porto branco. O vinho era bom, mas nada de especial.
Aproveitei a espera para provar também o tawny Croft 10 anos, cuja prova não estava incluída na visita, e este sim, já era um vinho mais ao meu gosto, com notas de baunilha e caramelo no nariz, na boca era elegante mas desaparecia rapidamente o sabor.
Começámos a visita às caves, que impressionam pela côr das madeiras muito escurecidas pelo tempo. O chão de gravilha e muitas centenas de pipas completam o belíssimo quadro, com os balseiros enormes em fundo. Foi rápida a visita, terminando com uma prova de Croft Reserva, um porto ruby que não entusiasmou muito.
Ainda tivemos oportunidade de degustar o Croft Pink, um porto rosé servido fresco, que apesar de não ser um vinho que me cative, bebe-se muito bem como aperitivo, ou como long-drink com gelo. A trufa de framboesa que o acompanhou ligava muito bem.
Terminámos com o Croft 20 anos, o tawny mais velho comercializado pela casa, que nos deliciou com um nariz mais intenso e complexo que o do irmão mais novo, e uma boca muito rica e sedosa, com um final persistente. Muito bom este 20 anos, e a um preço razoável. Acabámos por trazer uma garrafa deste, para além de uma de porto Pink que estava incluída na visita.
Na Croft comercializam também o LBV (Late Bottled Vintage), e dois Vintages: o Croft clássico, e o Quinta da Roêda.
Ainda lá têm Croft vintage 1977 e 1994, mas a preços proibitivos. O de 1985 já não se encontrava lá à venda. Existem outros anos disponíveis como 2000, 2003 e 2007, para o Croft Vintage, e 1995 para o Quinta da Roêda.
Foi uma tarde muito bem passada, com destaque para a simpatia do pessoal da casa que nos atendeu muito bem.
Um bom exemplo de enoturismo.
Frederico Santos
3 comentários:
Portanto, na visita nada de Vintages, certo?
Certo.
Foi apenas uma visita turística, para aproveitar um vale que nos ofereceram, em que fomos acompanhados por espanhóis, brasileiros, gregos, e muito poucos portugueses.
Para uma prova de vintages teria de ser noutro contexto.
Esse Tawny Croft de 20 anos que está na foto é dos meus favoritos!
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