Os vinhos foram provados apenas por mim e pelo Frederico, uma vez que o nosso colega de blog Mário Rui teve uma impossibilidade de última hora que não permitiu que se juntasse a nós no dia que seleccionamos para a prova.
Passando aos vinhos, segue a nossa impressão da prova.
Excomungado 2008
Vinho de entrada de gama do produtor.
Preço: 5€
Carlos Amaro - 16
Vinho exuberante no nariz, com notas de frutos vermelhos e algum floral, com a característica da touriga nacional a sobrepor-se.
Muito equilibrado na boca, taninos suaves e sem arestas, frutado muito agradável.
É um vinho que não teve madeira, num estilo mais directo, mas que tem ainda assim
alguma complexidade e está muito bem feito. Belo vinho mais para o dia a dia e para beber desde já.
Frederico Santos - 16
Um vinho franco e despretensioso que me agradou muito.
Tem a vantagem de ter apenas 12,5º.
A título de curiosidade, o nome "Excomungado" deve-se ao facto de este vinho não ter estagiado em madeira.
Pios 2007
Vinho resultante de lote de Touriga Nacional, Touriga Franca e Tinta Roriz, e com
18 meses de barrica.
Preço: 11€
Carlos Amaro - 17
Aroma de maior complexidade, frutos do bosque, especiarias, alguma tosta da madeira onde estagiou, e um floral agradável a surgir um pouco depois.
Excelente na boca, bastante encorpado, com a fruta bem equilibrada com a madeira e algumas notas de especiarias apimentadas. Acidez e taninos no ponto certo, para um belíssimo conjunto de final longo e equilibrado. Bom para beber agora, mas certamente com alguns anos de evolução pela frente
Excelente opção para este nível de preço.
Frederico Santos - 16,5
Nariz mais complexo, com aromas de fruta mais madura, e um ligeiro toque químico.
Na boca é denso, encorpado, mas bem polido, com um longo final.
Um bom vinho com um estilo mais em potência do que em elegância.
Vale de Pios 2008
Topo de gama do produtor.
Preço: 20€
Carlos Amaro - 17/17,5
Muita concentração, aromas ainda um pouco fechados, com a barrica a fazer-se notar no inicio. Surge depois a fruta madura (framboesa, cerejas), algum vegetal, chocolate negro, muito fresco no final, num nariz de boa complexidade.
Muito encorpado na boca, vegetal, novamente a fruta madura em destaque. Taninos fimes mas de qualidade com um final longo e apimentado.
Está ainda muito novo e certamente irá melhorar com mais algum tempo em garrafa, mas está já a dar uma excelente prova. A nota extra conta com o potencial de evolução do vinho.
Frederico Santos - 17,5
De côr muito carregada e opaca, fruta muito concentrada no nariz intenso, ameixas, cerejas pretas. Boca muito redonda, pujante e elegante em simultâneo. Grande equilíbrio. Final muito longo. Um grande tinto do Douro.
Em resumo, foi uma prova bastante agradável, com vinhos de boa qualidade em toda a gama, de um produtor do Douro ainda com poucas colheitas no mercado, mas que entra claramente apostado na qualidade.
Carlos Amaro
Frederico Santos
3 comentários:
Vou comprar uma garrafa de cada e fazer também o meu comentário. O produtor merece...
Boa decisão!
para um amador como sou tentando apressiar qualidade e não quantidade este "douro" põe no bolso muitos bons vinhos alentejanos.
dou como conselho,prove, sinta-o acompanhado com calma e prazer
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