Prova realizada na sala castanha do Mercado Negro em Aveiro, depois de jantar.
Foi dedicada ao vinho do porto vintage, e tentámos seleccionar bons exemplares de vários anos, e de vários estilos.
- Graham's 1970
- Dow's 1980
- Graham's 1985
- Vesúvio 1994
- Fonseca Guimaraens 2001
- Noval Silval 2005
- Niepoort 2007
Acompanhámos com:
- queijo da serra e tostas
- ovos moles
- amores da curia
- chocolates Michel Cluizel
Os três vinhos mais antigos foram decantados antes de jantar, e os restantes também foram abertos nessa altura.
Começámos a prova pelo mais velho, o Graham's 1970, que apresentou uma côr alaranjada, nariz complexo e suave. Na boca era delicado, sedoso, ainda com alguma intensidade, e final longo. Um bom vintage de 40 anos, em estado óptimo de maturação. Este não se deve guardar muito mais.
Passámos ao Dow's 1980, uma força da natureza este vinho com 30 anos. Ainda de côr ruby, de nariz intenso e rico de aromas. Apesar da idade ainda preserva muitas notas de fruta, uma bela mistura de especiarias e uma base aromática de licor de Cassis que achamos fabulosa. A boca é cheia de sensações de potência equilibradas pela elegância da sua idade. Um aspecto que demonstra a complexidade de boca deste vinho é o facto de ser muito difícil de "descodificar", cada prova de boca transmitia sensações novas e difíceis de referenciar. Um dos provadores (Mário Rui) lembrou-se da ameixa de Elvas como referência, pode ter sido delírio... Foi o vinho que tinha mais depósito ao ser decantado. Muito bom de se beber agora, mas ainda está para durar.
Seguiu-se o Graham's 1985, um vintage clássico com 25 anos, com côr ruby mais suave, um nariz complexo onde já se sentem aromas mais maduros de passas, especiarias. Na boca é intenso e tem um final muito prolongado. Um muito bom vinho.
Continuámos com o Quinta do Vesúvio 1994, um vinho de 15 anos, de côr muito escura. O nariz é exuberante, numa mistura de fruta madura, chocolate negro e especiarias, muito sedutora. Na boca é redondo e mais vinoso, com uma grande complexidade e potência. Um vinho intenso e sedutor, que está aí para durar muito anos, vai ter de certeza um futuro auspicioso.
Mudámos de milénio com o Fonseca Guimaraens 2001, de côr ruby escura, de nariz intenso, boca pujante onde os taninos marcam presença. Apesar de não ser uma declaração clássica, este vinho está para durar décadas.
Seguiu-se o Noval Silval 2005, um vinho aveludado, de nariz complexo, com aromas silvestres e muito mineral, intenso na boca, deixando uma boa recordação. Talvez o vinho com estilo mais seco na boca de todos os provados, agradou muito.
Terminámos com o Niepoort 2007, um vinho novo, no nariz tem algumas notas de chocolate e aromas de fruta fresca. Na boca é muito intenso, ainda com as garras de fora. A guardar.
Segue a média das pontuações dadas, onde se destacaram o Dow's 1980 e o Vesúvio 1994:
- 18,5 - Dow's 1980
- 18,4 - Vesúvio 1994
- 17,8 - Noval Silval 2005
- 17,8 - Graham's 1970
- 17,4 - Graham's 1985
- 16,9 - Niepoort 2007
- 16,9 - Fonseca Guimaraens 2001
Frederico Santos
Carlos Amaro
Mário Rui Costa
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